quinta-feira, 6 de junho de 2013

Lipídios e sua importância clinicamente - Colesterol.

Hoje irei abordar  a bioquímica  clínica do COLESTEROL.
O colesterol pode ser considerado um tipo de lipídio (gordura) produzido em nosso organismo. Ele está presente em alimentos de origem animal (carne, leite integral, ovos etc.). Em nosso organismo, desempenha funções essenciais, como produção de hormônio e vitamina D. No entanto, o excesso de colesterol no sangue é prejudicial e aumenta o risco de desenvolver doenças cardiovasculares. Em nosso sangue, existem dois tipos de colesterol:   
  • LDL colesterol: conhecido como "ruim", ele pode se depositar nas artérias e provocar o seu entupimento
  • HDL colesterol: conhecido como "bom", retira o excesso de colesterol para fora das artérias, impedindo o seu depósito e diminuindo a formação da placa de gordura.   
  • Podemos dizer que existem vários tipos de colesterol circulando no sangue. O total da soma de todos eles chama-se "Colesterol Total". Como visto, colesterol é uma espécie de "gordura do sangue" e, como gorduras não se misturam com líquidos, o colesterol é insolúvel no sangue. Por isso, ele precisa da "carona" de certas proteínas para cumprir as suas funções.                                
    Pesquisas provaram que o bom colesterol (HDL) retira o colesterol das células e facilita a sua eliminação do organismo. Por isso, é benéfico. Já o mau colesterol (LDL) faz o inverso: ajuda o colesterol a entrar nas células, fazendo com que o excesso seja acumulado nas artérias sob a forma de placas de gordura. Justamente por isso, traz diversos malefícios.          
    De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, os níveis ideais de colesterol no sangue devem ser:
    • Colesterol Total: abaixo de 200mg/dL de sangue
    • Bom Colesterol (HDL): acima de 35mg/dL de sangue
    • Mau Colesterol (LDL): abaixo de 130mg/dL de sangue                                               

     COLESTEROL TOTAL

     O colesterol é o esterol mais abundante nos tecidos humanos. Compõe as lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e membranas celulares sendo, também, substância precursora na síntese
    dos hormônios esteróides e ácidos biliares. O colesterol é derivado do ciclopentano peridro fenantreno com ligação dupla entre C -5 e C-6, hidroxila no carbono 3 (colesterol livre) e cadeia alifática de 8 carbonos no C-17.
     


    Colesterol livre
     A ingestão de colesterol é, aproximadamente, 400 a 700 mg/d, enquanto a absorção situa-se ao
    redor de 300 mg/d. Somente 25% do colesterol plasmático é proveniente da dieta, o restante é
    sintetizado (1 g/d), funda-mentalmente, pelo fígado, a partir do acetil CoA. Parte do colesterol
    hepático é transformada em ácidos biliares excretados pela bile. Por outro lado, os sais de ácidos
    biliares formam complexos com o colesterol promovendo maior excreção deste composto. O colesterol plasmático ocorre tanto na forma livre (30% do total) como esterificado (70% do total).
    Na forma esterificada, diferentes ácidos graxos (provenientes da lecitina) estão unidos ao C-3.O colesterol plasmático é afetado tanto por fatores intraindividuais como interindividuais.
      
    As medidas da colesterolemia são influenciadas por:
    •  Dieta.
     A quantidade e a composição da gordura da dieta afeta os níveis de colesterol plasmático.
     Em particular, aquelas gorduras contendo principalmente ácidos graxos poli-insaturados
    (ex.: óleos vegetais e peixes) tendem a reduzir o colesterol circulante, enquanto aquelas
    gorduras formadas em sua maior parte por gorduras saturadas (ex.: gorduras animais e manteiga)tendem a aumentar a colesterolemia. Dietas ricas em fibras reduzem levemente a
    concentra ção do colesterol. O consumo de uma a três unidades de álcool por dia causa significante
    elevação nos teores do colesterol-HDL. Refeições recentes, como também a ingestão de
    colesterol na dieta, tem pequeno efeito sobre os níveis de colesterol plasmático a curto prazo.
    • Exercícios físicos.
    Quando executados de forma regular tendem a aumentar o colesterol- HDL com pequenas reduções também do colesterol total plasmático.
    •  Idade.
    O colesterol plasmático eleva com a idade o que, provavelmente, esteja relacionado com a dieta.
    • Sexo.
    Em mulheres antes da menopausa o colesterol plasmático está diminuído e o colesterol- HDL está elevado. Estas diferenças desaparecem após este período.
    • Raça.
    Existem diferenças marcantes entre diferentes raças. Por exemplo, os europeus do norte apresentam colesterol plasmático elevado, provavelmente devido mais a dieta e fatores ambientais que por diferenças genéticas.







    Fonte : Bioquímica clínica : Princípios e Interpretações .
    Postado por:   Orlânia Alencar .

    Um comentário: